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Genealogia de Jesus Cristo (1)

Parte 1: de Deus a Noé

Essa árvore genealógica é fundamental para a compreensão da promessa messiânica que perpassa toda a história bíblica, demonstrando a fidelidade de Deus ao longo das gerações.

A narrativa genealógica revela não apenas nomes, mas histórias de fé, perseverança, e, em muitos casos, redenção.

Cada nome na lista representa uma vida, um testemunho da graça divina que, apesar das imperfeições humanas, culmina na vinda de Jesus Cristo, o Redentor.

Essas genealogias, embora muitas vezes vistas como listas de nomes, têm profundo significado teológico. Elas revelam a continuidade da promessa divina, desde Adão, passando por Abraão e Davi, até Jesus.

O Evangelho de Lucas (3:23-38) e o de Mateus (1:1-17) apresentam duas versões da genealogia de Jesus, que juntas, trazem à luz a abrangência do plano de Deus.

Enquanto Mateus foca na linha real, sublinhando a ligação com Davi e Abraão, Lucas expande a genealogia até Adão, enfatizando a universalidade da salvação em Cristo.

Além disso, as genealogias mostram como Deus utilizou pessoas comuns e, por vezes, improváveis, para cumprir Seus propósitos.

Através dessas linhagens, podemos ver o cumprimento das profecias e a manifestação do plano de salvação, o qual foi cuidadosamente arquitetado e preservado ao longo dos séculos.

Deus

O início de toda a genealogia começa com Deus, o Criador de todas as coisas, como descrito em Gênesis 1:1.

Deus, sendo eterno, não tem princípio nem fim, mas é o autor da vida e da existência. Sua criação do mundo e do homem marca o início da história humana e, consequentemente, da genealogia de Jesus Cristo.

Em Gênesis 2:7, vemos como Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente.

A narrativa bíblica revela que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, dando-lhe a responsabilidade de dominar e cuidar da terra.

1. Adão

Adão, o primeiro homem criado por Deus, é o ancestral comum de toda a humanidade, conforme registrado em Gênesis 2:7.

Ele foi criado à imagem de Deus e colocado no Jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo.

Adão também é conhecido por ser o primeiro a experimentar a comunhão direta com Deus, mas, tragicamente, também foi o primeiro a pecar, resultando na queda da humanidade (Gênesis 3:6-7).

Viveu 930 anos, conforme Gênesis 5:5, e sua morte simboliza o início da mortalidade humana, uma consequência direta do pecado original.

2. Sete

Sete foi o terceiro filho de Adão e Eva, dado por Deus em substituição a Abel, morto por Caim (Gênesis 4:25).

A linhagem de Sete é particularmente importante porque é através dele que se mantém a linha genealógica que leva a Noé e, eventualmente, a Jesus Cristo.

Sete teve um filho chamado Enos, e foi durante seu tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor (Gênesis 4:26), sinalizando um retorno à adoração e à dependência de Deus. Sete viveu 912 anos e morreu, conforme Gênesis 5:8.

3. Enos

Enos, filho de Sete, é mencionado em Gênesis 4:26 como aquele durante cujo tempo os homens começaram a invocar o nome do Senhor.

Ele foi o responsável por iniciar a prática de invocar o nome do Senhor. Durante sua vida, a adoração a Deus começou a ser formalmente reconhecida.

Por meio de Enos, a linhagem piedosa de Adão continuou, marcada por um compromisso renovado com Deus. Enos viveu 905 anos, conforme Gênesis 5:11, e sua vida exemplifica a continuidade da fé através das gerações.

4. Cainã

Cainã, filho de Enos, é parte da genealogia que liga Adão a Noé. Em Gênesis 5:12-14, é registrado que Cainã viveu 910 anos.

Cainã foi o filho de Enos e continuou a linhagem piedosa iniciada por seu pai e avô. Ele viveu numa época em que a terra estava sendo povoada por descendentes de Adão.

Cainã representa uma das muitas gerações que viveram em tempos antigos, guardando a promessa de Deus viva através de sua descendência.

5. Maalaleel

Maalaleel, filho de Cainã, é outro elo na cadeia que conduz à vinda de Cristo. Ele é mencionado em Gênesis 5:15-17, onde se diz que viveu 895 anos.

Ele continuou a tradição de adoração a Deus em uma época em que a humanidade começava a se multiplicar rapidamente.

O nome Maalaleel significa “louvor de Deus”, o que pode refletir uma tradição familiar de piedade e adoração. Ele representa a continuidade da promessa divina em meio à crescente corrupção que caracterizaria os dias anteriores ao dilúvio.

6. Jarede

Jarede, filho de Maalaleel, é uma figura significativa na genealogia por ser o pai de Enoque, um dos personagens mais notáveis da Bíblia.

Gênesis 5:18-20 relata que Jarede viveu 962 anos. Sua longa vida permitiu-lhe testemunhar o desenvolvimento da humanidade antes do dilúvio, e ele foi parte da geração que manteve a fé em Deus viva durante um período de crescente impiedade.

Jarede morreu pouco antes do dilúvio, deixando um legado que culminaria na vida piedosa de Enoque.

7. Enoque

Enoque, filho de Jarede, é uma figura única na genealogia de Jesus. Ele viveu 365 anos e, conforme Gênesis 5:21-24, “andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou”.

Enoque não experimentou a morte como os outros, trasladado diretamente para a presença de Deus, o que o torna um exemplo de fidelidade extrema.

Enoque também é mencionado em Hebreus 11:5 como um dos heróis da fé. Sua vida é um testemunho da possibilidade de comunhão íntima com Deus, mesmo em tempos difíceis.

8. Matusalém

Matusalém, filho de Enoque, é conhecido principalmente por ser o homem mais velho registrado na Bíblia, vivendo 969 anos (Gênesis 5:27).

Sua longa vida é um testemunho da paciência de Deus, pois sua morte coincide com o ano do dilúvio, conforme muitos estudiosos acreditam.

Matusalém é um lembrete da graça de Deus, que adiou o julgamento para dar à humanidade mais tempo para se arrepender. Ele é uma figura de transição entre os tempos anteriores ao dilúvio e a nova era iniciada com Noé.

9. Lameque

Lameque, filho de Matusalém, é uma figura importante como pai de Noé, o construtor da arca que salvou a humanidade do dilúvio.

Gênesis 5:28-31 registra que Lameque viveu 777 anos e, ao nomear seu filho, profetizou que Noé traria alívio do trabalho árduo causado pela maldição da terra (Gênesis 5:29).

A vida de Lameque marcou o fim de uma era e o início de outra, na qual Deus traria julgamento sobre a corrupção generalizada da humanidade, mas também salvaria uma linhagem fiel para continuar Seu plano redentor.

Contínua Parte II: De Noé a Abraão

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos Almeida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

CHAMPLIN, Russel N. Comentário Bíblico | Antigo Testamento Interpretado. São Paulo: Editora Hagnos, 2019.

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