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O coliseu de Roma (Parte 2)

O Coliseu de Roma possuía uma capacidade impressionante, uma arena oval, possuindo em torno de 190 metros de comprimento e 156 metros de largura. Foi construído com oitenta arcadas imponentes e se eleva em quatro ordens arquitetônicas distintas, atingindo uma altura de 52 metros.

Em sua totalidade, o edifício ocupa aproximadamente uma área de 24.000 metros quadrados. Sua fachada era adornada com mármore e enfeitada com estátuas. No interior, as amplas rampas formavam uma concavidade que abrigava sessenta a oitenta fileiras de assentos de mármore cobertos com almofadas, oferecendo conforto para cerca de 100.000 espectadores.

As perseguições aos cristãos pelos imperadores romanos

Durante os primeiros séculos do cristianismo, os imperadores romanos promoveram diversas perseguições contra os cristãos. No entanto, ao longo do tempo, a perseguição aos cristãos variou conforme os imperadores e as circunstâncias políticas.

Alguns imperadores foram mais tolerantes com os cristãos, enquanto outros foram mais rigorosos em sua repressão. A intensidade da perseguição também variou de região para região no vasto Império Romano Essas perseguições eram motivadas por uma série de fatores, incluindo diferenças religiosas, desconfiança política e resistência à adoração dos deuses romanos.

As perseguições começaram no século I, durante o Império Romano, e foram até início do século III.  As perseguições aos cristãos pelos imperadores romanos foram um capítulo importante da história do cristianismo, marcado pela coragem e perseverança dos mártires que enfrentaram a morte em nome de sua fé.

Essas perseguições contribuíram para a formação da identidade cristã e moldaram a trajetória da religião ao longo dos séculos.

Os massacres de cristãos no coliseu de Roma

No livro “Os Mártires do Coliseu” escrito por A. J. O’Reilly. Publicado em torno de 1874, retrata a história dos primeiros cristãos, que foram martirizados no Coliseu de Roma durante o Império Romano.

A obra narra os eventos ocorridos no período em que o cristianismo era perseguido e considerado uma religião ilegal. Os cristãos eram submetidos a diversas formas de tortura e morte, muitas vezes sendo lançados às feras em espetáculos públicos no Coliseu.

O autor afirma que milhares de mártires derramaram seu sangue nas arenas do Coliseu, embora os registros precisos tenham se perdido ao longo do tempo. Esses mártires incluíam pessoas de diferentes sexos e posições sociais: príncipes de sangue real, bispos, matronas idosas, jovens donzelas repletas de juventude e inocência, e crianças tenras.

E esses cristãos com sua coragem e gentileza, sua vitória sobre a dor e a morte, ecoam na cruz que agora projeta sua sombra sobre a arena desolada. As ações dos heróis do Coliseu preenchem as páginas mais fascinantes e maravilhosas da história da Igreja Primitiva.

Quem foi o primeiro mártir do coliseu?

É importante ressaltar que o Coliseu foi palco de inúmeras execuções de cristãos durante os períodos de perseguição aos seguidores do cristianismo no Império Romano.

Muitos mártires cristãos perderam suas vidas no Coliseu, enfrentando a morte por meio de diferentes métodos, como combates com animais selvagens, crucificações, queimaduras e outras formas de tortura. Segundo a tradição Inácio de Antioquia, foi o primeiro mártir do coliseu, (embora tenha sido mencionado por alguns escritores antigos, não há confirmação histórica além da tradição em relação a essa afirmação).

Ele foi um dos primeiros líderes cristãos e bispo de Antioquia no final do século I, discípulo dos apóstolos Pedro e João. O historiador Arthur James (p.32,1874) descreve a sentença pelo imperador romano que seria “[…] durante aos jogos do anfiteatro, como um prazeroso espetáculo ao povo romano, seja dado em alimento às bestas feras”.

A trajetória do magnífico anfiteatro até os dias atuais

Durante séculos, o Coliseu foi o centro da vida social e cultural em Roma, simbolizando o poder e a grandiosidade do Império Romano. No entanto, com o declínio do Império, o Coliseu também entrou em decadência. Foi danificado por terremotos e pilhagens ao longo dos anos, além de ser utilizado como fonte de materiais de construção para outros projetos.

No século XIX, o Coliseu começou a ser reconhecido como um importante marco histórico e arquitetônico. Esforços de restauração foram iniciados e continuam até os dias atuais. Atualmente, o Coliseu é uma das principais atrações turísticas de Roma e um Patrimônio Mundial da UNESCO.

Como Patrimônio Mundial da UNESCO, o Coliseu atrai milhões de turistas todos os anos, que ficam fascinados com sua magnitude e riqueza histórica. Os visitantes podem explorar as ruínas do anfiteatro e testemunhar a grandiosidade da estrutura.

As autoridades italianas têm trabalhado arduamente para preservar e restaurar o Coliseu ao longo dos anos. Os visitantes também têm a oportunidade de aprender mais sobre a história e a vida na Roma Antiga por meio de exposições e informações disponíveis no local. Sua imponente presença e sua conexão com o passado despertam a curiosidade e o fascínio de visitantes de todo o mundo.

Leia também: O Coliseu de Roma (Parte 1)

Referência bibliográfica

O’REILLY, Arthur James. Os Mártires do Coliseu. 3. ed. São Paulo: CPAD, 2005.

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