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Resumo explicativo dos capítulos 19, 20 e 21 de Números

Os capítulos 19, 20 e 21 trazem aspectos cruciais para a compreensão da purificação cerimonial, da liderança de Moisés e Arão, bem como das batalhas travadas pelo povo de Israel rumo à Terra Prometida.

O capítulo 19 aborda as leis de purificação, especialmente com o uso das cinzas da novilha vermelha, um símbolo de purificação e santidade.

O capítulo 20 relata eventos marcantes, como a morte de Miriã e Arão, a desobediência de Moisés ao ferir a rocha e a recusa de passagem por Edom.

No capítulo 21, vemos vitórias militares, o castigo divino com serpentes abrasadoras e a instituição da serpente de bronze como meio de cura.

Compreender esses capítulos é essencial para captar as mensagens teológicas sobre pureza, obediência e a providência divina ao longo da jornada no deserto. A seguir, exploraremos detalhadamente os principais temas de cada capítulo.

A lei da novilha vermelha e a purificação (Números 19)

Deus estabelece uma importante lei cerimonial sobre a purificação por meio das cinzas da novilha vermelha.

Esse ritual visava remover a impureza causada pelo contato com a morte, refletindo a seriedade da contaminação espiritual.

A novilha deveria ser imolada fora do arraial, e seu sangue aspergido sete vezes diante da tenda da congregação.

Ela era completamente queimada com madeira de cedro, hissopo e tecido carmesim, simbolizando purificação e redenção. As cinzas eram então misturadas com água corrente para criar a “água da purificação”.

Esse rito apontava para a necessidade de limpeza espiritual e prefigurava Cristo, cujo sangue purifica a humanidade do pecado (Hebreus 9:13-14).

A morte de Miriã e a rebelião por falta de água (Números 20:1-13)

O capítulo 20 inicia-se com a morte de Miriã, uma líder respeitada entre os israelitas.

Sua morte marca o fim de uma era e antecede um dos eventos mais críticos da jornada: a murmuração por falta de água.

O povo contende com Moisés, demonstrando impaciência e incredulidade. Deus ordena que Moisés fale à rocha para que dela saia água.

No entanto, Moisés, tomado pela ira, fere a rocha duas vezes, desobedecendo à instrução divina. Como consequência, ele e Arão são impedidos de entrar na Terra Prometida.

Esse episódio reforça a importância da obediência irrestrita à vontade de Deus, pois mesmo os líderes espirituais estão sujeitos à disciplina divina.

A recusa de passagem por Edom (Números 20:14-21)

Moisés envia mensageiros ao rei de Edom, solicitando passagem pacífica pelo território edomita.

Ele relembra os sofrimentos do povo no Egito e garante que não causarão danos à terra.

No entanto, Edom recusa o pedido e ameaça Israel com guerra caso tentem atravessar. Diante disso, Israel se desvia do caminho, evitando conflito direto.

Esse episódio demonstra que, mesmo quando seguem a vontade divina, os israelitas enfrentam desafios que requerem paciência e estratégia.

A negativa de Edom também ilustra a oposição dos povos vizinhos a Israel e sua entrada na Terra Prometida.

A morte de Arão e a transmissão do sacerdócio (Números 20:22-29)

Arão, o sumo sacerdote, é chamado ao monte Hor, onde sua morte é anunciada por Deus.

Ele é despido de suas vestes sacerdotais, que são passadas a seu filho Eleazar, garantindo a continuidade do sacerdócio.

O povo chora por trinta dias, evidenciando a importância de Arão na liderança espiritual.

Sua morte simboliza a transitoriedade da liderança humana e a necessidade de sucessão ministerial.

A troca de líderes mostra que, embora os servos de Deus passem, a obra de Deus continua através das gerações.

A serpente de bronze e o julgamento divino (Números 21:4-9)

Após a morte de Arão, o povo murmura contra Deus e Moisés, reclamando da jornada no deserto.

Como castigo, Deus envia serpentes venenosas, que matam muitos israelitas.

O povo se arrepende e pede intercessão. Deus ordena que Moisés faça uma serpente de bronze e a coloque sobre uma haste.

Quem olhasse para a serpente seria curado. Esse evento aponta para Cristo, levantado na cruz para conceder salvação aos que nele crêm (João 3:14-15).

Vitórias sobre os povos inimigos (Números 21:1-35)

Os israelitas enfrentam e derrotam o rei de Arade, os amorreus e Ogue, rei de Basã.

Essas vitórias são sinais da fidelidade de Deus em conceder a terra prometida ao seu povo.

Cada batalha simboliza a necessidade de confiança em Deus para superar desafios.

Israel aprendeu que a obediência resulta em vitórias, enquanto a desobediência traz disciplina.

Conclusão

Os capítulos 19, 20 e 21 de Números revelam lições valiosas sobre purificação, liderança, julgamento divino e vitória pela fé.

O povo de Israel enfrentou desafios e experimentou a justiça e a misericórdia divinas.

A desobediência de Moisés mostra que até os líderes estão sujeitos à disciplina de Deus.

A serpente de bronze prefigura Cristo como o meio de redenção. As vitórias militares reforçam a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas.

Esses capítulos desafiam os leitores a confiar plenamente em Deus, obedecer à sua vontade e permanecer firmes na jornada espiritual rumo à vida eterna.

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos Almeida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

MacDonald, William. Comentário bíblico popular. Antigo Testamento. 1ª edição, São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

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