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Resumo explicativo dos capítulos 16, 17 e 18 de Números

Os capítulos 16, 17 e 18 do livro de Números apresentam eventos cruciais na história do povo de Israel durante sua peregrinação no deserto.

Neles, vemos a rebelião liderada por Corá, Datã e Abirão contra a autoridade de Moisés e Arão, a confirmação divina do sacerdócio de Arão e as instruções para os levitas e sacerdotes sobre seus deveres e sustento.

Esses episódios destacam a soberania de Deus e a seriedade de Sua escolha quanto à liderança espiritual de Israel.

A narrativa desses capítulos é marcada por atos divinos contundentes que reafirmam a autoridade de Moisés e Arão.

A rebelião de Corá e seus seguidores resulta em uma intervenção direta de Deus, que pune os insurgentes.

Em seguida, para eliminar qualquer dúvida sobre a escolha de Arão, Deus faz florescer seu bordão, um sinal inquestionável de Sua vontade.

Por fim, as diretrizes dadas aos levitas e sacerdotes demonstram a importância da organização eclesiástica no antigo Israel.

Deus estabelece regras claras sobre o serviço no tabernáculo e os meios pelos quais os levitas seriam sustentados.

Esses princípios ajudam a compreender a seriedade com que Deus trata a adoração e a liderança espiritual.

A rebelião de Corá, Datã e Abirão (Números 16:1-40)

A rebelião contra Moisés e Arão foi liderada por Corá, um levita, e por Datã e Abirão, da tribo de Rúbem, que reuniram 250 príncipes de Israel para contestar a liderança estabelecida por Deus.

Corá argumentou que toda a congregação era santa e, portanto, todos deveriam ter acesso ao sacerdócio (Nm 16:3).

A revolta refletia insatisfação tanto com a autoridade espiritual de Arão quanto com a liderança de Moisés.

Moisés, ao ouvir essas acusações, prostrou-se diante de Deus e propôs um teste: no dia seguinte, Corá e seus seguidores deveriam oferecer incenso perante o Senhor.

Se Deus os aceitasse, ficaria provado estarem certos. Caso contrário, seria evidenciado que a rebelião era ilegítima (Nm 16:5-7).

Enquanto isso, Datã e Abirão recusaram-se a comparecer diante de Moisés, acusando-o de ter levado o povo a um lugar de morte em vez da Terra Prometida (Nm 16:12-14).

A resposta de Deus foi imediata e severa: a terra se abriu e tragou Datã, Abirão e suas famílias, enquanto fogo desceu do céu e consumiu os 250 rebeldes que estavam com Corá (Nm 16:31-35).

Para que essa lição fosse lembrada, Deus ordenou que os incensários dos rebeldes fossem transformados em uma cobertura para o altar (Nm 16:36-40).

O castigo da murmuração do povo (Números 16:41-50)

Mesmo após esse julgamento divino, o povo de Israel continuou a murmurar contra Moisés e Arão, acusando-os de terem matado o “povo do Senhor” (Nm 16:41).

Essa rebelião coletiva despertou novamente a ira de Deus, e uma praga começou a se espalhar entre os israelitas.

Mais uma vez, Moisés e Arão intercederam pelo povo. Arão tomou seu incensário, colocou incenso e se posicionou entre os vivos e os mortos para fazer expiação pelo povo.

A praga cessou, mas não antes que 14.700 pessoas morressem (Nm 16:46-49). Esse episódio reforça a intercessão sacerdotal como um papel essencial na relação entre Deus e Israel.

A confirmação do sacerdócio de Arão (Números 17)

Para acabar com qualquer dúvida sobre a escolha divina de Arão, Deus ordenou que cada tribo trouxesse um bordão, e aquele que florescesse indicaria o sacerdote escolhido.

No dia seguinte, o bordão de Arão havia brotado, produzido flores e amêndoas (Nm 17:8).

Esse sinal milagroso demonstrou de forma incontestável que Arão e seus descendentes eram os escolhidos para o sacerdócio.

Deus instruiu que o bordão fosse guardado como testemunho contra futuras rebeliões (Nm 17:10).

Os deveres e direitos dos sacerdotes (Números 18:1-7)

No capítulo 18, Deus reitera as responsabilidades dos sacerdotes e levitas.

Apenas os descendentes de Arão poderiam oficiar no altar e dentro do santuário.

Já os levitas serviriam como auxiliares, mas sem acesso direto às funções sacerdotais (Nm 18:7).

O sustento dos levitas e sacerdotes (Números 18:8-32)

Como os levitas não receberiam uma herança territorial, Deus instituiu os dízimos como sua provisão (Nm 18:21-24).

Os sacerdotes, por sua vez, receberiam porções das ofertas sacrificiais e das primícias do povo.

Conclusão

Os capítulos 16 a 18 de Números demonstram a seriedade com que Deus trata a rebelião contra Sua vontade e autoridade.

A punição severa dos insurgentes serviu como alerta para toda a nação de Israel.

Ao confirmar o sacerdócio de Arão, Deus assegurou que apenas aqueles chamados por Ele poderiam se aproximar Dele em nome do povo.

A organização do sustento dos levitas e sacerdotes também mostra a provisão divina para os que dedicam suas vidas ao serviço do Senhor.

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos Almeida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

MacDonald, William. Comentário bíblico popular. Antigo Testamento. 1ª edição, São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

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