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Resumo explicativo de Salmos 34, 35, 36 e 37

Os Salmos 34 a 37 são textos profundamente espirituais que revelam a relação entre o crente e Deus em momentos de angústia, louvor, reflexão e esperança.

Escritos por Davi, esses salmos combinam elementos de sabedoria, lamentação e ensino, sendo verdadeiras joias espirituais para todos os tempos.

Com uma linguagem rica e cheia de simbolismos, eles são amplamente citados tanto na liturgia judaica quanto na cristã.

O Salmo 34 destaca a experiência pessoal de Davi ao ser livrado do perigo em Gate.

Já o Salmo 35 revela um clamor por justiça diante da traição e falsidade. No Salmo 36, encontramos um contraste entre a depravação humana e a bondade divina.

Finalmente, o Salmo 37 oferece uma reflexão sapiencial sobre o destino dos justos e dos ímpios, incentivando a confiança no Senhor.

Este artigo oferece um resumo explicativo e teologicamente profundo desses quatro salmos, abordando seus significados, contexto histórico e aplicações práticas.

O objetivo é guiar o leitor a uma compreensão clara, edificante e transformadora desses textos bíblicos, enriquecendo sua vida espiritual e seu conhecimento das Escrituras.

A celebração do livramento (Salmo 34)

O Salmo 34 é um salmo acróstico, estruturado de forma poética, em que Davi louva ao Senhor por um livramento dramático.

Ele foi escrito após Davi fingir-se de louco diante de Abimeleque (1Sm 21.10-15), escapando assim de um inimigo perigoso.

Davi reconhece que sua salvação veio exclusivamente do Senhor, e não de suas próprias estratégias humanas.

Nos versículos 1 a 10, o salmista convida todos a exaltarem ao Senhor com ele: “Bendirei o SENHOR em todo o tempo” (v.1).

Ele testemunha a fidelidade de Deus: “Busquei o SENHOR, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores” (v.4). O versículo 7 destaca o ministério protetor do anjo do Senhor, uma imagem confortante e poderosa.

A segunda parte (v.11-22) é uma instrução sapiencial. Ensina que temer ao Senhor envolve uma vida de integridade: “Refreia a língua do mal […] procura a paz e empenha-te por alcançá-la” (v.13-14).

O salmo termina com uma promessa: “O SENHOR resgata a alma dos seus servos; e dos que nele confiam nenhum será condenado” (v.22).

Clamor contra os injustos (Salmo 35)

Este salmo é uma súplica vigorosa de Davi contra aqueles que o perseguiam sem motivo.

Ele apela para que o SENHOR lute por ele: “Contende, SENHOR, com os que contendem comigo” (v.1).

A linguagem de guerra espiritual é marcante, mostrando a profundidade da dor e da traição que o salmista sentia.

Davi descreve como antigos amigos se tornaram inimigos cruéis. Mesmo tendo jejuado e orado por eles, agora o difamam e se regozijam com seu sofrimento (v.11-16).

Sua dor é intensificada pelo fato de esses perseguidores serem pessoas pelas quais ele um dia se importou.

No clímax do salmo, ele roga por justiça divina: “Julga-me, SENHOR, Deus meu, segundo a tua justiça” (v.24).

Apesar da dor, termina com uma expressão de louvor e esperança: “A minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o dia” (v.28).

O contraste entre o ímpio e Deus (Salmo 36)

Neste salmo, Davi apresenta um contraste agudo entre a malícia do coração humano e a incomparável benignidade divina.

Nos versículos 1 a 4, descreve o ímpio: “Não há temor de Deus diante de seus olhos” (v.1). Suas palavras são enganosas, seus caminhos são maus, e ele se entrega à perversidade.

A partir do versículo 5, o foco muda radicalmente para os atributos de Deus. Sua benignidade, fidelidade, justiça e juízos são exaltados: “A tua benignidade, SENHOR, chega até aos céus” (v.5).

Deus é mostrado como refúgio seguro: “os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas” (v.7).

O salmo termina com um pedido: “Continua a tua benignidade aos que te conhecem” (v.10).

Davi clama por proteção contra os ímpios e se mostra confiante de que eles serão derrubados e não se levantarão mais.

O destino dos justos e dos ímpios (Salmo 37)

Salmo sapiencial, Davi aconselha os fiéis a não invejarem os ímpios, pois sua prosperidade é passageira: “pois dentro em breve definharão como a relva” (v.2).

Em contrapartida, ele encoraja a confiança em Deus: “Confia no SENHOR e faze o bem” (v.3).

O salmo segue com imperativos importantes: “Agrada-te do SENHOR” (v.4), “Entrega o teu caminho ao SENHOR” (v.5), “Descansa no SENHOR” (v.7).

Esses conselhos formam um roteiro espiritual para aqueles que querem viver em paz mesmo diante da prosperidade dos maus.

Davi conclui com sabedoria adquirida pela experiência: “Fui moço e agora sou velho, mas jamais vi o justo desamparado” (v.25). O salmo destaca que o fim dos justos é paz, enquanto o dos ímpios é destruição.

Palavras de vida para os tempos de aflição

Estes salmos não apenas relatam emoções pessoais de Davi, mas também servem como um compêndio de consolo e direção espiritual.

Em momentos de adversidade, encontramos conforto em promessas como: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra” (Sl 34.19).

Para quem sofre injustiças, o Salmo 35 mostra que é possível entregar a causa a Deus. Ele é juiz justo e não se cala diante do sofrimento dos seus servos. Sua justiça prevalecerá, mesmo quando tudo parecer perdido.

No Salmo 36, vemos que, apesar da corrupção humana, a bondade de Deus se estende e protege aqueles que a Ele recorrem.

No Salmo 37, aprendemos a esperar com paciência, pois os que confiam no Senhor herdarão a terra.

Aplicações práticas para hoje

Os salmos estudados oferecem princípios eternos que podem ser aplicados no dia a dia do cristão.

Primeiro, somos chamados a uma vida de louvor constante, independente das circunstâncias. A gratidão atrai a presença de Deus e fortalece nossa fé.

Em segundo lugar, aprendemos a confiar em Deus como nosso defensor. Quando atacados ou injustiçados, devemos responder com oração, não com retaliação. Isso não significa passividade, mas sim uma fé ativa que espera no justo juízo divino.

Por fim, somos lembrados de que nossa esperança está em Deus, não nas riquezas ou nos sistemas deste mundo.

Os ímpios podem prosperar momentaneamente, mas só os justos possuem uma herança eterna e firme.

Conclusão

Os Salmos 34, 35, 36 e 37 são fontes inesgotáveis de sabedoria, conforto e direção espiritual.

Cada um deles oferece perspectivas únicas sobre o relacionamento com Deus, o sofrimento, a justiça e a esperança.

O salmista Davi compartilha experiências pessoais que se tornam universais pelo poder do Espírito Santo.

Nestes salmos, descobrimos que Deus é bom, justo, fiel e protetor. Mesmo quando somos perseguidos ou caluniados, Ele está conosco.

Suas promessas não falham. Os que nele confiam nunca serão condenados, pois Ele os livra, sustenta e salva.

Portanto, que possamos aprender com Davi a louvar continuamente ao Senhor, entregar a Ele nossos fardos e confiar plenamente em sua justiça.

Que estes salmos sejam lâmpadas para nossos pés e luz para nossos caminhos em todos os momentos da vida.

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos Almeida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição, São Paulo:Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

MacDonald, William. Comentário bíblico popular. Antigo Testamento. 1ª edição, São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

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