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Resumo explicativo dos capítulos 47, 48, 49 e 50 de Gênesis

Os últimos capítulos de Gênesis são repletos de significados históricos e espirituais, marcando o encerramento da história dos patriarcas e preparando o cenário para o início de Êxodo.

Os capítulos 47, 48, 49 e 50 são ricos em detalhes que revelam a providência divina, a sabedoria de José e as bênçãos proféticas de Jacó.

Nesses textos, vemos a culminação das promessas de Deus a Abraão, Isaque e Jacó, mostrando como a história de Israel foi moldada pela mão do Senhor.

Esses capítulos destacam a fidelidade de Deus no meio de adversidades e triunfos. Desde o assentamento de Israel e sua família no Egito até as bênçãos proféticas de Jacó aos seus filhos, cada evento possui um profundo significado.

O embalsamamento e o sepultamento de Jacó, assim como a morte de José, encerram o livro com uma mensagem de esperança e confiança no futuro prometido por Deus.

Neste artigo, exploraremos os principais eventos desses quatro capítulos, dividindo o conteúdo em seis tópicos principais.

Cada um deles será explicado detalhadamente, enfatizando seu impacto histórico e espiritual, e relacionando com a promessa divina de redenção e terra prometida.

José apresenta sua família ao Faraó (Gênesis 47:1-12)

José introduz sua família ao Faraó, pedindo autorização para que habitassem na terra de Gósen.

Ao saber que os irmãos de José eram pastores, Faraó concede o pedido e sugere que homens capazes entre eles assumam a chefia do gado real (Gn 47:6).

Isso demonstra a posição elevada de José no Egito e a providência divina ao garantir uma terra fértil para Israel.

Jacó é então apresentado ao Faraó e o abençoa. Em sua conversa com o Faraó, Jacó descreve sua vida como breve e cheia de dificuldades (Gn 47:9), refletindo sobre suas experiências e peregrinações.

José assegura que sua família viva no melhor da terra, fornecendo-lhes sustento durante a fome (Gn 47:12).

Esse episódio reflete o cuidado de Deus para com Seu povo, mesmo em terras estrangeiras, e a posição de José como um instrumento divino de provisão.

A administração de José durante a fome (Gênesis 47:13-27)

A crise de fome se intensifica, levando o povo do Egito e de Canaã a gastar todo o seu dinheiro em alimentos.

Quando o dinheiro acaba, José aceita gado como pagamento, e posteriormente, as terras dos egípcios (Gn 47:15-20).

Por meio dessa administração, José adquire toda a terra para o Faraó, estabelecendo um sistema de arrendamento no qual o povo entregava um quinto da colheita ao governo (Gn 47:24).

Essa política, embora severa, era justa e garantia a sobrevivência de todos. José, mais uma vez, demonstra sabedoria divina ao equilibrar as necessidades do povo e os interesses do Faraó.

A fome serviu como um meio pelo qual Deus preservou Israel e estabeleceu as bases para o cumprimento da promessa da terra.

Israel e sua família prosperaram em Gósen, multiplicando-se e crescendo em riquezas (Gn 47:27). Isso reforça a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas, mesmo em situações adversas.

Jacó abençoa os filhos de José (Gênesis 48)

Quando Jacó sente que sua morte se aproxima, ele chama José e seus filhos, Efraim e Manassés, para abençoá-los.

Ele adota os dois netos como seus próprios filhos, garantindo-lhes uma porção igual na herança de Israel (Gn 48:5-6).

Durante a bênção, Jacó cruza as mãos intencionalmente, colocando a mão direita sobre Efraim, o mais jovem, e a esquerda sobre Manassés (Gn 48:14).

Embora José tente corrigir o pai, Jacó afirma que sabe o que está fazendo. Ele profetiza que Efraim seria maior que Manassés, refletindo o princípio de Deus de exaltar o menor (Gn 48:19).

Essa adoção e bênção simbolizam a continuidade das promessas de Deus através das gerações, mostrando que Sua soberania e propósito não se limitam à ordem humana.

As bênçãos proféticas de Jacó (Gênesis 49:1-28)

Antes de morrer, Jacó chama seus filhos para revelar-lhes o futuro de suas descendências. Cada bênção profética reflete o caráter e o destino das doze tribos de Israel (Gn 49:1-28).

Entre os destaques, Judá é descrito como um leão, simbolizando força e liderança. A promessa de que “o cetro não se arredará de Judá” aponta para a linhagem real culminando no Messias (Gn 49:10). José é comparado a um ramo frutífero, abençoado com resistência e prosperidade (Gn 49:22-26).

Essas palavras não apenas refletem o futuro histórico das tribos, mas também contêm uma dimensão espiritual, mostrando como Deus dirige a história de Seu povo.

A morte e o sepultamento de Jacó (Gênesis 49:29-50:14)

Jacó instrui seus filhos a sepultá-lo na caverna de Macpela, em Canaã, junto a Abraão, Sara, Isaque, Rebeca e Lia (Gn 49:29-32).

Após dar essas instruções, ele morre, sendo lamentado por toda a sua família e pelos egípcios (Gn 50:1-3).

José lidera um grande cortejo para Canaã, incluindo oficiais do Faraó e membros da corte egípcia.

O funeral reflete a importância de Jacó tanto para sua família quanto para o Egito (Gn 50:7-9). O enterro em Macpela reafirma o compromisso de Israel com a terra prometida.

A magnanimidade e a morte de José (Gênesis 50:15-26)

Com a morte de Jacó, os irmãos de José temem que ele busque vingança pelos maus tratos que sofreu.

Entretanto, José os consola, declarando: “Vós intentastes o mal contra mim; Deus, porém, o tornou em bem” (Gn 50:20).

Ele reafirma seu compromisso de cuidar da família, refletindo a graça e a providência divina.

Aos 110 anos, José morre, mas antes disso expressa sua fé de que Deus levará Israel de volta à terra prometida.

Ele faz com que seus irmãos jurem transportar seus ossos quando isso acontecer (Gn 50:24-25), um gesto que seria cumprido em Êxodo 13:19.

Conclusão

Os últimos capítulos de Gênesis demonstram como Deus age soberanamente para cumprir Suas promessas, mesmo em circunstâncias aparentemente adversas.

A história de José e sua família é um testemunho de fé, perseverança e redenção.

Por meio de eventos como a bênção de Jacó, a administração de José e o sepultamento em Canaã, Deus preserva e prepara Israel para os próximos desafios.

Esses capítulos encerram o livro de Gênesis com esperança, apontando para o cumprimento da promessa de uma grande nação em uma terra própria.

Ao estudar esses textos, somos lembrados de que Deus é fiel em cumprir Suas promessas, independentemente das circunstâncias.

Assim como Ele guiou Jacó e José, Ele também guia Seu povo hoje, levando-o a cumprir Seu propósito eterno.

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos Almeida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

MacDonald, William. Comentário bíblico popular. Antigo Testamento. 1ª edição, São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

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