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Genealogia de Jesus Cristo (2)

Parte 2: de Noé a Abraão

10. Noé

Noé é uma das figuras mais conhecidas da Bíblia, famoso por sua obediência a Deus ao construir a arca que salvou sua família e uma amostra de todas as espécies de animais do dilúvio.

Conforme Gênesis 6-9, Noé era um homem justo em sua geração, “e andava com Deus”. Ele viveu 950 anos, como registrado em Gênesis 9:29.

Por meio de Noé, Deus reiniciou a história humana após o dilúvio, fazendo dele o ancestral de todas as nações e parte crucial na linhagem de Jesus Cristo.

11. Sem

Sem, filho de Noé, é o progenitor de várias nações, incluindo os hebreus, e é através de sua linhagem que Jesus Cristo veio.

Gênesis 10:21-31 e 11:10-26 registram a genealogia de Sem. Ele viveu 600 anos, conforme Gênesis 11:10-11, e foi uma figura central na preservação do conhecimento de Deus após o dilúvio.

Sem é frequentemente associado com o conceito de “semitas”, incluindo várias etnias do Oriente Médio. Sua linhagem destaca a continuidade da promessa de Deus em meio ao repovoamento da terra.

12. Arfaxade

Arfaxade, filho de Sem, é uma figura mencionada em Gênesis 11:10-13, onde se diz que viveu 438 anos.

Ele é significativo na genealogia de Jesus como parte da linha direta que levaria a Abraão.

O nome Arfaxade pode ter conexões com uma região da Mesopotâmia, sugerindo a dispersão das nações após a confusão das línguas na Torre de Babel.

Sua vida, embora pouco detalhada, representa a continuidade da linhagem sagrada em uma época de grandes mudanças e expansão geográfica.

13. Cainã

Cainã, filho de Arfaxade, é mencionado em Lucas 3:36, mas não aparece na genealogia de Gênesis.

Alguns manuscritos antigos do Antigo Testamento, como a Septuaginta, incluem Cainã na genealogia, sugerindo uma possível omissão ou variação textual.

Cainã, portanto, é uma figura que ressalta a complexidade das tradições genealógicas antigas.

Embora detalhes sobre sua vida sejam escassos, sua inclusão na genealogia de Jesus em Lucas sublinha a importância da precisão e da continuidade na transmissão dessas tradições.

14. Salá

Salá, filho de Cainã (ou Arfaxade, conforme algumas tradições), é mencionado em Gênesis 11:12-15.

Ele viveu 433 anos e é uma figura importante na genealogia de Jesus. Salá é um exemplo de como Deus continuou a guiar a linhagem messiânica através de gerações em tempos de grande mudança.

Sua vida representa a fidelidade de Deus em preservar Sua promessa através de cada geração, mesmo quando as escrituras oferecem poucos detalhes sobre as vidas dessas pessoas.

15. Éber

Éber, filho de Salá, é um dos patriarcas mais significativos na genealogia, pois é de seu nome que deriva a palavra “hebreus”, o povo escolhido de Deus.

Gênesis 11:14-17 registra que Éber viveu 464 anos. Ele é visto como o ancestral de várias nações, e sua linhagem foi escolhida para manter a aliança de Deus viva através das gerações.

A vida de Éber marca um ponto de transição, onde sua descendência começaria a se destacar na história bíblica como o povo de Deus.

16. Faleque

Faleque, filho de Éber, é notável porque “em seus dias se repartiu a terra” (Gênesis 10:25), o que muitos acreditam referir-se à divisão das nações após a confusão de línguas na Torre de Babel.

Faleque viveu 239 anos, conforme Gênesis 11:18-19. Sua vida foi marcada por eventos que tiveram grande impacto na história da humanidade, e sua inclusão na genealogia de Jesus sublinha a providência divina em manter a linhagem messiânica intacta através de tempos tumultuados.

17. Ragaú

Ragaú, filho de Faleque, é mencionado em Gênesis 11:20-23 como tendo vivido 239 anos. Embora pouco se saiba sobre sua vida, ele é parte essencial da linha que levaria a Abraão, e, eventualmente, a Jesus Cristo.

A história de Ragaú e seus descendentes demonstra a fidelidade contínua de Deus em preservar a linhagem que culminaria na redenção da humanidade.

Mesmo em períodos de silêncio histórico, Deus estava ativamente trabalhando através dessas vidas.

18. Serugue

Serugue, filho de Ragaú, é mencionado em Gênesis 11:22-25. Ele viveu 230 anos e faz parte da genealogia que conecta os primeiros patriarcas a Abraão.

A vida de Serugue é representativa da continuidade da linhagem santa em uma época em que as civilizações estavam se expandindo e diversificando.

Sua presença na genealogia de Jesus reforça a ideia de que Deus estava cuidadosamente guiando a história humana para cumprir Seu plano redentor.

19. Naor

Naor, filho de Serugue, viveu 148 anos, conforme Gênesis 11:24-25. Ele é o avô de Abraão, o que o coloca em uma posição de destaque na genealogia.

A vida de Naor, embora não muito detalhada nas Escrituras, é fundamental para a formação do povo de Israel, pois seu neto Abraão seria o portador da promessa divina.

A continuidade da linhagem através de Naor destaca a providência de Deus em cada geração, preparando o caminho para o nascimento de Jesus Cristo.

20. Terá

Terá, pai de Abraão, é uma figura crucial na transição da genealogia, pois é com Abraão que Deus faz uma aliança específica. Gênesis 11:26-32 relata que Terá teve três filhos: Abraão, Naor e Harã.

Terá viveu 205 anos e morreu em Harã, onde havia levado sua família em direção à terra de Canaã.

Sua vida representa o fim de uma era e o começo de outra, onde a linhagem de Abraão se tornaria o foco das promessas de Deus, culminando na vinda de Jesus.

21. Abraão

Abraão é uma das figuras centrais da Bíblia, conhecido como o “pai da fé”. Ele recebeu a promessa de Deus de que seria o pai de uma grande nação, e que por meio dele todas as nações da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:1-3).

Abraão viveu 175 anos, conforme Gênesis 25:7, e sua fé em Deus, expressa em sua disposição de sacrificar seu filho Isaque, é vista como um dos maiores exemplos de fé em toda a Escritura.

A aliança que Deus fez com Abraão é a base sobre a qual a nação de Israel foi formada, e é através de sua linhagem que Jesus Cristo veio ao mundo.

Contínua Parte III: de Isaque a Davi

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos Almeida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

CHAMPLIN, Russel N. Comentário Bíblico | Antigo Testamento Interpretado. São Paulo: Editora Hagnos, 2019.

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