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Resumo explicativo dos capítulos 26 e 27 de Deuteronômio

Os capítulos 26 e 27 de Deuteronômio fazem parte do terceiro discurso de Moisés ao povo de Israel, abordando temas centrais da relação entre Deus e Seu povo.

O capítulo 26 trata da oferta das primícias e do dízimo, enquanto o capítulo 27 enfatiza a promulgação solene da lei e as maldições que viriam sobre aqueles que a transgredissem.

A mensagem principal desses capítulos é a obediência como expressão de gratidão e fidelidade a Deus.

Israel foi chamado para ser um povo santo e exclusivo do Senhor, e sua fidelidade traria bênçãos, enquanto a desobediência resultaria em maldições.

Esses capítulos também revelam a justiça de Deus e Sua vontade de estabelecer uma sociedade equilibrada, com princípios de justiça social e adoração sincera.

Ao estudar esse trecho, compreendemos melhor a aliança entre Deus e Israel e sua relevância para os dias atuais.

A oferta das primícias (Deuteronômio 26:1-11)

O capítulo 26 inicia-se com a orientação para a entrega das primícias dos frutos da terra ao Senhor.

Assim que Israel entrasse na Terra Prometida e começasse a colher seus frutos, os primeiros e melhores deveriam ser levados ao santuário.

Esse ato simbolizava gratidão e reconhecimento de que a terra e seus frutos pertenciam a Deus.

O ofertante deveria declarar a história do povo, relembrando a escravidão no Egito e a libertação poderosa operada pelo Senhor, destacando a fidelidade divina. A entrega das primícias era também uma expressão de alegria.

O ofertante e sua família, junto com os levitas e estrangeiros, deveriam regozijar-se por todas as bênçãos recebidas, demonstrando que a fé em Deus se reflete em ações concretas de louvor e gratidão.

O dízimo do terceiro ano (Deuteronômio 26:12-15)

Outro elemento essencial abordado é a prática do dízimo, especialmente no terceiro ano, quando deveria ser destinado aos necessitados.

Esse dízimo era compartilhado entre os levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas, garantindo o sustento dos mais vulneráveis.

Diferente do dízimo regular, esse possuía um caráter social forte, reforçando a justiça e a solidariedade na comunidade israelita.

Após realizar essa oferta, o ofertante devia fazer uma declaração perante Deus, testificando que obedeceu aos mandamentos e não utilizou o dízimo de forma imprópria.

Esse ato não apenas beneficiava os necessitados, mas também atraía a bênção divina sobre Israel, mostrando que a prosperidade do povo estava ligada à obediência e à responsabilidade social.

A ratificação da aliança (Deuteronômio 26:16-19)

Nos versículos finais do capítulo 26, Deus reafirma Sua aliança com Israel. Moisés lembra ao povo que eles foram escolhidos para serem uma nação santa, um povo exclusivo do Senhor.

A obediência às leis divinas resultaria na exaltação de Israel sobre as outras nações, conferindo-lhe renome e glória.

Essa elevação não era baseada no mérito humano, mas na graça divina e na fidelidade ao pacto estabelecido.

Portanto, esse trecho reforça que a aliança exige compromisso. Deus separou Israel para um propósito especial, e a fidelidade aos mandamentos era o caminho para desfrutar de Suas bênçãos.

A promulgação da lei (Deuteronômio 27:1-8)

O capítulo 27 introduz uma orientação solene: ao atravessar o Jordão, os israelitas deveriam erigir um monumento de pedras e escrever nele toda a lei.

Esse ato simbolizava a imutabilidade da Palavra de Deus e seu papel central na vida da nação.

Além disso, foi ordenada a construção de um altar de pedras não lavradas, sobre o qual ofertas seriam sacrificadas.

A mensagem era clara: a fidelidade à lei deveria ser visível e constantemente lembrada.

A lei escrita nas pedras servia como testemunho público do compromisso de Israel com Deus.

A celebração das bênçãos e maldições (Deuteronômio 27:9-13)

Israel foi instruído a dividir-se em dois grupos: seis tribos deveriam posicionar-se no monte Gerizim para proclamar as bênçãos, enquanto as outras seis ficariam no monte Ebal para proclamar as maldições.

Esse evento reforçava a consciência coletiva de que as escolhas feitas pelo povo teriam consequências. A obediência resultaria em bênçãos, e a desobediência, em maldições.

Essa solenidade lembrava que Deus não apenas abençoava Seu povo, mas também exigia compromisso e retidão.

As maldições pelo pecado (Deuteronômio 27:14-26)

O capítulo termina com uma série de maldições pronunciadas sobre aqueles que quebrassem os mandamentos divinos.

Entre os pecados condenados estavam idolatria, desonra aos pais, injustiça social e imoralidade sexual.

Cada maldição era seguida pelo clamor “Amém!” do povo, demonstrando sua aceitação do pacto e suas consequências. Essas advertências enfatizavam que Deus é justo e não tolera o pecado.

A finalização com maldições ressaltava que a vida sob a lei exigia responsabilidade e que o pecado traria sérias consequências.

Conclusão

Os capítulos 26 e 27 de Deuteronômio reforçam a importância da obediência e do compromisso com Deus. O povo de Israel foi chamado para ser santo e fiel.

A fidelidade traz bênçãos, mas a desobediência resulta em consequências graves. Deus é justo e espera que Seu povo viva conforme Sua vontade.

Esse ensinamento continua relevante hoje: devemos reconhecer as bênçãos de Deus, viver em gratidão e obedecer à Sua Palavra para experimentar a verdadeira vida abundante.

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos Almeida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

MacDonald, William. Comentário bíblico popular. Antigo Testamento. 1ª edição, São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

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